Mostrando postagens com marcador Idéias de Sucesso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Idéias de Sucesso. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 9 de março de 2012

Daniela Paladine - Shopping Rio Design


Derrubada de um sonho foi o pontapé para carreira da superintendente Daniela Paladine, do Shopping Rio Design

Nesta seção, os entrevistados são selecionados conforme suas trajetórias de vida que, de certa forma, acabam pontuando sua caminhada profissional. Seja pela visão empreendedora, pela determinação, talento ou inovação, estas personalidades ganham destaque para mostrar que é possível construir histórias de sucesso. Nesta edição, apresentamos a história da superintendente Daniela Paladine, do Shopping Rio Design, que não se deixou abater por não ter levado à frente um sonho de infância.

Nem sempre investir no sonho de menina é garantia para o sucesso. Algumas vezes as oportunidades aparecem na vida por acaso e quem sabe agarrar a chance, chega longe. Daniela Paladini, 38 anos, soube aproveitar a sorte que bateu em sua porta e, com muito trabalho e dedicação, ocupa o cargo de superintendente do Shopping Rio Design Center,

Com 16 anos, Daniela tinha a vida planejada na cabeça. Ela prestaria vestibular para Engenharia Química, cursaria a faculdade e seguiria os passos do pai, que na época trabalhava na Petrobras. Foi quando seu médico disse que ela jamais poderia fazer o curso por causa da rinite alérgica, que a impediria de fazer as aulas de laboratório. "Para mim foi frustrante. A princípio, acabaram com meus sonhos. Depois disso fiz vestibular pra Economia, mas jamais cursei. Fiquei perdida, não sabia pra onde ir", conta a superintendente.

Ao completar 18 anos, o pai disse que ela deveria trabalhar. Foi quando a jovem conseguiu um emprego de recepcionista no Shopping Rio Design Center, no Leblon, sem imaginar que ali seria o trampolim para o início de uma grande carreira. Com a dedicação que tinha na empresa, em apenas um ano já estava trabalhando no marketing e depois foi promovida para a área financeira. "Fui evoluindo e em 1992 cursei administração para não estacionar na empresa. Também fiz MBA Executivo e MBA em Gestão de Shopping", explica.

Quando o Rio Design Barra foi lançado, ela ganhou o cargo de gerente comercial. "Na época o shopping era administrado pela Servenco. A empresa era bem paternalista e investiu em mim. É claro que eu soube aproveitar as oportunidades e vencer alguns obstáculos, mas tenho que agradecer pela confiança que depositaram em mim", completa.

Depois, o Rio Design passou a ser administrado pela Ancar Ivanhoe, juntamente com o Nova América, para onde Daniela seguiu, assumindo a gerência de relacionamento. Este ano ela foi contemplada com o cargo de superintendente do Rio Design Center do Leblon e da Barra, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo. "A gente faz planos para vida, mas nem sempre sai como queremos. Nosso crescimento depende da capacidade, mas oportunidade e sorte também. A Ancar é uma empresa que tem como lema `gente que gosta de gente´ e investe na valorização do capital humano", analisa.

Atualmente, Daniela se divide entre o trabalho e a família. "Não tenho problema em conciliar meus afazeres. Acredito que a qualidade faz a diferença. Aproveito os momentos que tenho com minha família. Acordo mais cedo pra tomar café da manhã com minha filha (Maria Clara, de dois anos e meio) e procuro chegar em casa a tempo de colocá-la pra dormir. Nos fins de semana também procuro me dedicar à família", finaliza.

Presidente da Amil, um exemplo de determinação.

Edson de Godoy Bueno nasceu em 22 de agosto de 1943, no município de Guarantã, pequena cidade localizada às margens da Ferrovia Noroeste -interior do Estado São Paulo. Filho de uma família bastante humilde, perdeu o pai cedo e foi graças ao esforço e ao empenho da mãe que, apesar de repetir quatro vezes o primário, continuou na escola, enquanto dividia o tempo entre o estudo, a brincadeira e o trabalho com engraxate.

Inspirado no único médico da cidade, tornou-se um bom estudan­te e conseguiu ir para o Rio de Janeiro cursar medicina, na Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha (atual UFRJ). Após morar durante toda a faculdade com mais 9 estudantes em um conjuga­do de 30m2, Edson formou-se em 1971, especializando-se em cirurgia geral.

No final da década de 60, ainda como residente, foi trabalhar numa pequena casa de saúde, em Duque de Caxias, município vizinho ao Rio de Janeiro. Afundada em dívidas, a pequena clínica teve dificuldades de pagar seus funcionários. Edson viu ali sua primeira grande oportunidade e tornou-se sócio daquele pequeno hospital falido. Com medidas simples, Edson transformou o perfil da clínica, que passou a fazer dez vezes mais partos por mês do que « fazia anteriormente. Em menos de uma década, ele tornou-se dono de 70% do mercado local, não apenas em obstetrícia, como também em pediatria e clínica geral adulta.

Em 1978, Edson decidiu reunir o conhecimento de administração hospitalar que possuía para criar um plano de saúde voltado para a classe média carioca, extremamente crítica e exigente. Nascia a Amil, empreita­da que exigiu de Edson um grande preparo e estudo. Após uma pós-graduação na PUC-Rio, Edson foi estudar na Harvard Business School, em Boston, pós-graduação que o leva a se reunir, todo ano, com ex-colegas da Universidade de Harvard, em diferentes países.

Com medidas simples como a disponibilidade ilimitada de consul­tas e exames, a distribuição por toda a cidade de agências de atendimen­to e o teleatendimento 24 horas, a Amil ficou conhecida como um plano de saúde inovador. 0 grande investimento em marketing e uma estratégia de con­fronto, a Amil consolidou-se no Rio, cresceu mais tarde para São Paulo e ao longo dos anos 1990, tornou-se o maior grupo de medicina privada brasileiro.

Em outubro de 2007, a Amilpar abriu capital na bolsa e este ano completa 30 anos atendendo a mais de 2,84 milhões de beneficiários e oferecendo a mais completa rede credenciada do país. Com aproximadamente 2.100 hospitais, 32 mil consultórios e clínicas médicas e 5.900 laboratórios e centros de diagnóstico de imagens (*), Edson orgulha-se da missão da empresa de garantir o acesso à medici­na de alta tecnologia e qualidade a uma grande parcela da população.

"O Sucesso não Acontece por Acaso"

Existem muitos heróis vivos que a gente não dá a devida atenção. Conseguir romper o círculo vicioso da miséria, além de uma atitude heróica se torna um exemplo de esforço, comprometimento e garra. 

O mérito não é somente de Ubirajara Gomes da Silva por nos mostrar com seu exemplo de vida que o sucesso é para todos, mas também para o jornalista Fred Figueiroa que com sua sensibilidade e seu poder de observação trouxe a tona essa história, que transcrevemos à seguir, na íntegra:

"Hoje, Ubirajara Gomes da Silva deve começar a fazer os testes exigidos para ser contratado como escriturário pelo Banco do Brasil. São testes de saúde e uma entrevista que funciona como teste psicológico. Nele, Ubirajara terá que contar a sua vida. Até a madrugada de ontem, ele não sabia que história contaria. Tinha medo de contar a verdade. Uma verdade que ele mesmo considera inacreditável. 

Há um ano, Ubirajara foi aprovado no concurso do Banco do Brasil. Ficou na 136ª colocação no Recife. Eram mais de 19 mil candidatos. Na última semana, finalmente, foi convocado para assumir o cargo. Porém, Ubirajara sequer tinha um documento. Nem a certidão de nascimento. Este homem praticamente não existia para a sociedade. Ele mesmo se sentia "invisível", talvez até "irreal". Isso explica porque durante a entrevista para esta reportagem, Ubiarajara perguntou várias vezes que impressão estava causando. "O que será que as pessoas vão pensar de mim?", questinava, com a insegurança de quem está se sentindo real pela primeira vez na vida. 

Há 12 anos, Ubirajara da Silva mora pelas ruas do Recife. 

A mentira 

Ubirajara nunca conheceu seus pais. Foi abandonado dias depois do seu nascimento e cresceu em um orfanato. Lá, dormia com dezenas de outras crianças com histórias parecidas com a sua. Com sonhos iguais aos seus. Esperavam pelo milagre da adoção, talvez pelo arrependimento dos pais; por dias melhores. Até crescerem. Até descobrirem que esses tais dias melhores não viriam. Aos 18 anos era hora de deixar o orfanato e tentar a vida nas ruas. Na rua por onde todos passam, Ubirajara ficou. Uma história que se repete pelas esquinas, pelos bancos de praça, pelos viadutos de qualquer grande cidade. Uma história que - dentro da realidade social do país - poderia ser até considerada comum. Poderia,se não fosse a história de Ubirajara. Poderia, se fosse verdade.

A esquina

00h10m. O jogo da seleção brasileira acabara havia poucos minutos e o fluxo de carros era um pouco maior do que o habitual paraum início de madrugada em uma das esquinas mais nobres do Recife, entre as rua das Pernambucanas e da Amizade, no bairro das Graças. Naquele horário, o único movimento era o dos carros. Dificilmente passaria alguém caminhando pela calçada. E era justamente por isso que Ubirajara estava ali. Naquela esquina, ele passaria a noite. Dormiria. Era o seu endereço. Sua casa. Há 12 anos, ele vive na rua. Era uma criança de 15 anos, perdida. Hoje é um homem de 27 que, finalmente, parece ter encontrado os tais "dias melhores". 

Sentando no pequeno batente de uma farmácia que fica fechada entre as 22h e às 6h30, ele começa a contar a sua vida. "Minha história é inacreditável", adianta. Com razão. É tão inacreditável que ele costuma mentir sobre sua origem. Prefere contar para as pessoas a versão que abriu essa reportagem. O drama comum do menino abandonado que cresceu em um orfanato. "Conto isso porque sei que é uma versão mais fácil de ser aceita", confessa Ubiaraja. 

Por quase duas horas, ele continuaria contando a sua verdadeira história. Uma espécie de conto de fadas moderno. Aparentemente uma das muitas histórias sobre a miséria de um país e as suas conseqüências trágicas na vida de uma pessoa, na desestruturação de famílias, nas distorções das formas de relacionamento. 

O pedaço de papel

Um rato passou a alguns metros e logo desapareceu. Dois meninos vieram pela calçada com garrafas de cola em uma mão e um pedaço de madeira afiado em outra. Sumiram no escuro. A chuva começou a cair. Ubirajara encolheu as pernas e protegeu sua pasta entupida de papéis e suas duas sacolas de plástico. Numa delas, um pouco de comida. Na outra, alguns itens de higiene pessoal. Ele não tem sequer uma escova de dentes. Da pasta, tira um pedaço de papel com marcas de dobras. No alto da página branca, a marca do Banco do Brasil. Um pouco abaixo, o nome completo de Ubirajara e alguns números. Um deles era 136. A quele morador de rua encolhido no batente de uma farmácia havia sido o 136º colocado no concurso do Banco do Brasil.

A família

"Quem diria que aquele retardado seria funcionário do Banco do Brasil?", pergunta Ubirajara, em tom de orgulho. Realmente, ninguém jamais diria que um jovem que viveu 12 anos na rua conseguisse ser aprovado em um concurso público tão disputado. Concursos que se tornaram uma espécie de projeto de futuro para parte significativa da sociedade - alimentando uma verdadeira indústria de cursos preparatórios. Mas o "quem diria" de Ubirajara, na verdade, não era uma pergunta. Era uma resposta para alguns dos seus familiares. Pessoas que sumiram da sua vida desde o dia em que ele resolveu sair de casa. "Essa é a parte da minha história que eu queria esquecer".

00h40. Ubirajara está chorando. Pela primeira e única vez naquela madrugada. "O que eu realmente queria era ter tido minha mãe perto", diz enquanto passa a mão nos olhos vermelhos. O desabafo aconteceu enquanto ele contava a sua infância. Filho de uma garçonete com um PM exonerado, foi deixado de lado pelos dois. Mas não totalmente abandonado - como na história queescolheu contar. Na verdade, o menino foi criado na casa da sua avó materna, junto com mais quatro irmãos, em Paulista. Tinha uma condição de vida precária, mas digna. Pobre, não miserável. "Quando as pessoas sabem que eu tenho pai e mãe ficam revoltadas comigo por eu estar na rua. Me culpam. Ficam me julgando como se eu fosse um maluco ou um rebelde. Como se eu tivesse escolhido isso. Mas não é uma escolha. Você acha que eu não queria estar em uma cama agora?"

As primeiras noites na rua

Ubirajara relata constantes agressões físicas e psicológicas que sofria na casa da avó. De lá veio o termo "retardado", que ele não esquece. Aos 15 anos, costumava fugir de casa. Aos poucos, as fugas eram cada vez mais longas. Cada vez mais sem rumo. Longe de casa, sem dinheiro, começou a dormir pelos cantos. Primeiro, na Avenida Guararapes. Depois, na rampa do Hospital da Restauração. Ele resume essas noites em dois sentimentos: "medo e solidão". Sentimentos que parecem capazes de resumir as piores noites da vida de qualquer pessoa. No caso dele, não eram as piores. Eram todas.

A virada

Ubirajara estava na 6ª série quando saiu de casa. E, nos primeiros anos sem teto, o seu único objetivo era sobreviver. E não há exagero ou qualquer tom heróico nessa afirmação. A vida na rua tem suas regras. Suas leis. O cotidiano das calçadas não permite escolhas. Não permite pudores. Nem princípios. Não podemos esquecer que esta é, antes de mais nada, a história de um morador de rua. E, nesse ponto, por muito tempo, Ubirajara foi só mais um. 

Um dos que pediam esmola, um dos que não cortavam o cabelo, dos que vestiam trapos, dos que sentiam fome, dos que precisavam fazer qualquer coisa para comer (neste caso, não se faz necessário detalhar o "qualquer coisa"). Violentado de todas as formas. Noites de culpa. Noites de dor.

Em 2001, o garoto decidiu voltar a estudar. Foi quando iniciou a reaproximação com os livros, as revistas e os jornais: "Tudo que parava na minha mão, eu sempre lia. Acho que esse foi o meu grande diferencial inclusive nos concursos". Estudando nas ruas, Ubirajara passou nas duas provas de supletivo e recebeu o diploma do ensino médio. Ainda assim, continuou freqüentando os colégios. Continua, aliás. Por um só motivo: as merendas. 

Preguiçoso? 

A reaproximação com os pais ou com a avó nunca aconteceu. Ubirajara manteve contato apenas com os irmãos. Todos tiveram uma vida mais digna. Casaram, formaram família, conseguiram emprego. Em mais de uma década de rua, Ubirajara se acostumou a ser chamado de "preguiçoso" e de "teimoso". "Minha teimosia é que fez com que eu não desistisse dos meus sonhos. Por mais que todo mundo me criticasse, eu continuei fazendo aquilo que eu acreditava", resume.

No ponto de táxi do Mercado da Madalena, onde Ubirajara "morou" por um bom tempo, os taxistas o definem como um "rapaz honesto, que vivia estudando, não gostava de trabalhar e tinha um jeito de abestalhado". Os dias de Ubirajara se resumiam a estudar. Às vezes, nas praças. Às vezes, em bibliotecas públicas. "Não tinha todos os livros, aí ia para a biblioteca, fazia rascunhos, copiava tudo e levava comigo esses papéis para todos os cantos", conta. Ainda leva, na verdade. A tal pasta dele é repleta de anotações. Todos os tipos. Desde a sua mínima contabilidade (vive com algo entre R$ 2 R$ 5 por dia) até um projeto completo para abrir um negócio próprio. "Quero ser nanoempresário. Menor do que micro", diverte-se.

O futuro

A prova do concurso para escriturário do Banco do Brasil tinha 150 questões. Ubirajara acertou 116. Foi o quinto concurso que fez. Havia passado em outros quatro, mas nunca havia sido chamado. No início da semana passada, soube da convocação pela internet - onde vive quase que uma "vida paralela". Tem perfil no Ortkut e participa de dezenas de fóruns "habitados" pelos "concurseiros". É conhecido nesse meio pelo apelido de "Maior Abandonado". Usa uma foto de Charles Chaplin. "Sou viciado. Procuro sempre lugares que tenham computadores públicos. Na internet, as diferenças diminuem, não me sinto distante de ninguém", conta, fazendouma analogia com a sua "invisibilidade" como morador de rua. "Estou aqui nessa esquina todas as noites? Ninguém vem aqui falar comigo. Você veio para me entrevistar. Mas você já tinha sequer me visto aqui?", questiona. A resposta, constrangida, foi "não".

E foi na internet, em um fórum de discussão para "concurseiros", que Ubirajara resolveu expor um drama que vinha lhe consumindo em silêncio desde o dia que soube da convocação. Tinha uma dívida de quase R$ 8 mil por empréstimos que fez há anos. E a regra em órgãos públicos é clara: para a contratação ser efetivada, o candidato não pode ter o nome no SPC ou Serasa. Bastou o relato triste para estimular uma verdadeira corrente de ajuda. Uma mobilização virtual que não demoraria para se tornar real. Um amigo que fez na internet se dispôs a pagar parte da sua dívida. Algo em torno de R$ 3 mil. O restante, o próprio Ubirajara pagará em 60 meses com o seu salário (R$ 954, mas que somando outros benefícios pode chegar quase a R$2.000). Dinheiro suficiente para revolucionar sua vida. Para que os seus sonhos, pela primeira vez, possam ser chamados de "planos"."

História de Sucesso - Restaurante Beco do Alemão

Hans Riedel do Beco do Alemão
Restaurante Beco do Alemão é um dos pontos mais tradicionais da Barra da Tijuca, construído a partir de muito trabalho, amor e visão de futuro.
A história do Restaurante Beco do Alemão, localizado na Barra da Tijuca, é uma história de empreendedorismo do proprietário, Hans Riedel, que deve servir de exemplo para muitos que têm o sonho de conquistar o próprio negócio. O alemão natural da cidade de Sommerfeld, Hans Joachim Riedel, 81 anos, chegou ao Brasil em 1952 contratado pela Mercedes Bens, quando estabeleceu-se definitivamente em terras brasileiras. Mas ele não queria ficar limitado à fábrica de automóveis.
Determinado, comprou um posto de gasolina na Barra da Tijuca 26 anos depois de fixado no Rio de Janeiro.


No posto havia uma pequena lanchonete que, com o passar do tempo teve a clientela aumentada, fruto de muito trabalho da família. Com isso, em 1980 surgiu o tradicional Beco do Alemão, construído, tijolo por tijolo por Hans, apoiado pela esposa dona Irmã, sua companheira de empreendedorismo.


A princípio, no Beco do Alemão servia-se café da manhã, chope e petiscos. Depois, optou-se pela gastronomia a peso, uma inovação na época que, em seguida, foi copiada por inúmeros restaurantes. O serviço foi escolhido porque atendia maior gama de clientes. No entanto, a preocupação com a saúde dos fregueses sempre foi uma constante: "Somos o que comemos, nossa gastronomia está sempre se aprimorando. Saúde não é dádiva é conquista", não se cansa de repetir o proprietário do Beco do Alemão, Hans Riedel.


Sistema de buffet a quilo, a la carte e sobremesas variadas
Cada dia da semana é oferecido um cardápio diferente, fora o serviço de buffet a quilo. Às segundas-feiras, cozinha árabe; às terças, alemã; às quartas, frutos do mar; às quintas, comida mineira; às sextas, bacalhau; aos sábados, feijoada e aos domingos, o tradicional cozido. Em cada dia são oferecidos oito pratos diferentes de cada culinária.


Diariamente são servidos no sitema a quilo: massas, gratinados, escalopinhos, peixes, arroz, diversos tipos de feijão, legumes, frangos, filé mignon suíno, batatas diversas, 16 tipos de saladas, além de sushi (à noite) e um masseiro que prepara a massa de preferência do cliente à noite.


As sobremesas são um capítulo à parte: brownies, quindões, pudim de leite condensado (além da versão diet), tortas de limão, maçã, morango e coco, sorvetes diversos além dos tradicionais doces alemães, apfelstrudel e torta alemã. No serviço de bar são servidos os seguintes pratos principais: alemão na pedra, picanha na pedra, curry wurst, pizzas, sanduíches, diversos tipos de salsicha alemã, pastéis e croquetes.


Uma grande família
O fato é que, passados 27 anos, a visão do restaurante permanece a mesma. A preocupação com a qualidade das refeições e seu preparo diário com ingredientes frescos diferencia o Beco do Alemão dos demais estabelecimentos da região. Para auxiliar Hans Riedel no comando do restaurante a filha, íris Riedel Witthoeft é seu braço direito há dois anos e meio. Ela está à frente da área de produção, atuando desde as compras à escolha do cardápio, muitas vezes, inclusive no preparo.Também é responsável pelo bom atendimento dos clientes.


Mas os funcionários também são a pérola do Beco do Alemão. A família Riedel investe muito nos colaboradores (cerca de 90), com um trabalho diário fundamentado na alegria e bem-estar dos mesmos. Foram contratados gerentes e pessoal de atendimento qualificadíssimos (alguns vieram de empresas como a Varig).


As datas de aniversário de cada um são comemoradas mensalmente, com festa e presentes. "Os funcionários são incentivados a coletar embalagens de alumínios usadas no restaurante para reciclagem. Com o dinheiro arrecadado promovem festa mensal para os aniversariantes e com o excedente parte é dividida entre os aniversariantes e parte é destinada à grande festa de final de ano. 


Mensalmente os funcionários aguardam por esta grande confraternização, resultado de um grande esforço coletivo", comenta Ane Elisabeth Horst, responsável pelo Marketing do Beco. Para o proprietário, o sucesso do restaurante se deve ao fato de eles fazerem aquilo que gostam: "Quando se faz o que se gosta, não se percebe nem o passar das horas", avalia Hans, que trabalha diariamente no Beco do Alemão, cerca de 15 horas.


A excelência no atendimento é um dos fatores que fidelizou clientes que freqüentam o local há quase 30 anos, acompanhando mudanças e se tornando amigos da família Riedel. Clientes estes que são prestigiados sempre. Todos são convidados a se cadastrarem e recebem um cartão preferencial do restaurante e a cada R$ 400 consumidos acumulam R$ 20 de bônus que podem ser utilizados no almoço ou no jantar.


A família Riedel é uma grande incentivadora da arte. O local também costuma ser palco de diversas palestras dadas por empresas, associações, além de servir para exposição de obras de artes de artistas. A cada mês um tem a oportunidade de mostrar seu trabalho aos clientes da casa. O primeiro artista a expor sua obra foi o funcionário do Beco do Alemão, o eletricista Luiz Antonio dos Santos Matias. Neste mês de junho a artista plástica Denise Fernando está expondo suas telas no restaurante. Por tudo isso que o Beco do Alemão, vale ressaltar, é um dos melhores exemplos a seguir.

A história do mega-empresário atacadista Ilson Mateus.

Ontem, a miséria.
Hoje, dono de uma rede atacadista prestes a se espalhar por todo o Brasil.
Não adianta o preconceito de alguns! Contra fatos não há argumentos: é preciso admirar a força dos nordestinos que, no meio de tantas adversidades, conquistam verdadeiros impérios à base de muito suor e dignidade.
Quando criança, o maranhense Ilson Mateus Rodrigues chegou morar na rua. Já foi engraxate e garimpeiro em Serra Pelada, mas salvou-se da miséria por conta de seu aguçado instinto de comerciante e disposição para vencer.


Algo que chama a atenção nas ruas de São Luís (MA), além dos muitos buracos, é a quantidade de carros novos. Várias concessionárias abriram as portas na cidade recentemente, para atender a uma população que comemora um expressivo aumento de renda. Uma exceção é o empresário Ilson Mateus, 48. O maior varejista do Maranhão, com 22 supermercados, 10 mil funcionários e faturamento anual de R$ 2,3 bilhões dirige um Gol branco 1.0 sem ar-condicionado e com quatro anos de uso.


 Mas seu negócio vai pegar a estrada – o Grupo Mateus, que passa por auditoria para receber investimento de fundos de capital, vai inaugurar filiais este ano no Pará e no Tocantins.
Tinha apenas 19 anos quando colocou 70 caixas de refrigerante numa Chevrolet A10 e saiu à caça de mercadinhos do sul do Maranhão. Em menos de um ano, juntou dinheiro para comprar a segunda caminhonete. “Sempre investi tudo que ganhei no próprio negócio”, conta – o que ajuda a explicar o fato de não dirigir um carrão hoje.

 Numa época (ainda mais) difícil de virar empreendedor no Brasil, em 1986, Ilson inaugurou a mercearia de 50m2 que daria origem ao Grupo Mateus.

O faro de varejista fez o empresário passar ileso por planos econômicos que levaram muita gente a perder dinheiro – na verdade, os lucros dele cresceram nessas épocas. “Quando a inflação era aquela loucura, eu vendia 100 latas de óleo de manhã e fechava o mercado, para poder comprar 110 latas à tarde”, conta. “Também pagava mercadoria com cheque sem fundo no Alto Parnaíba, onde iam demorar 40 dias para descontar e dava tempo de vender as coisas.” Nem o Plano Collor foi problema. “O povo sentiu que ia ter algum congelamento e colocou tudo na poupança, porque não acreditava que mexeriam nela. Eu comprei tudo em mercadoria”.

Por fim, Ilson construiu um império. O Mateus tem 52% do mercado maranhense e é um dos maiores grupos de varejo e distribuição do Norte e do Nordeste brasileiro. Em São Luís, tem três vezes mais lojas que Carrefour e Wal-Mart somados. (O primeiro, com a bandeira Atacadão, possui só uma filial na capital maranhense; o segundo tem seis, com a rede Bom Preço.) “A gente consegue sentir a temperatura dos bairros mais promissores antes, por causa de nossa distribuidora”, explica Mateus. “Assim, dominamos as regiões primeiro e não deixamos eles avançarem.”

Após inaugurar cinco lojas no ano passado – três delas no mesmo dia, para causar impacto –, o empresário anuncia ao iG que vai abrir mais seis em 2011 e outras 12 no ano que vem. E, depois de 25 anos no ramo, o grupo sairá do Maranhão. Em Palmas, capital do Tocantins, Ilson já adquiriu dois terrenos e deve começar a construir em breve. No Pará, ele vai atacar uma área praticamente virgem de concorrentes, no sul do estado. E não deve parar nisso. “Nosso plano vai além de Norte e Nordeste”, adianta.

Dinheiro para isso não deve faltar. Primeiro, a empresa está capitalizada – as vendas cresceram 56% em 2010, 44% em 2009 e 26% em 2008. Além disso, ela está na mira de fundos de investimento, interessados em adquirir 15% do negócio, avaliado no total em cerca de R$ 1,6 bilhão. Normalmente, isso permite pagar parte do endividamento bancário de uma companhia, o que exclui os juros do balanço mensal. O Grupo Mateus passa agora por auditoria da Ernst&YoungTerco para viabilizar o aporte.

Para os especialistas, a aposta de Ilson parece correta. “O consumo dos segmentos emergentes vem se mostrando o que mais tem dado retorno, enquanto os segmentos luxo e médio já mostram certa saturação”, explica Marcos Gouvêa, sócio da GS&MD, uma consultoria especializada em varejo. “Isso deve continuar e ser a tendência mais marcante dessa década”, afirma. Segundo pesquisa divulgada essa semana pela Associação Paulista de Supermercados, as classes D e E consumiram 16% a mais em 2010, com relação ao ano anterior – nas classes C e A/B, o aumento foi de 13%.

Enquanto sua rede atinge cifras dignas de multinacional, Ilson segue andando de carro popular e morando em um apartamento alugado por R$ 1.400 na capital maranhense. “Rapaz, esse carro resolve a minha vida, então não penso em comprar outro, não”, informa. “Quando a gente sabe o que é passar necessidade, dá valor a cada centavo”. Perguntado sobre luxos com os quais aceita gastar, ele diz apenas que gosta de pescar. “Às vezes vou a uma fazenda de um amigo, no rio Xingu, onde dá tucunaré de dez quilos”. Mais do que sovinice, parece ser estratégia de negócios. “Não tenho um dólar no exterior, não tenho fazenda, nada – aplico tudo no grupo”.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | fantastic sams coupons